Principais Pragas que Atacam o Canavial no Período Inicial

Principais Pragas que Atacam o Canavial no Período Inicial

Publicado em: 12/11/2021

As pragas da cana-de-açúcar são um dos problemas fitossanitários que têm mais chances de causar prejuízos ao produtor se não forem bem manejadas.

A mais conhecida delas é a broca-da-cana, Diatraea saccharalis, que tem um grande peso e importância na produção canavieira.

Porém, será que as pragas que atacam o canavial no período inicial são bem conhecidas?

Se você não conhece ou conhece pouco, é bom ficar de olho. Algumas delas são consideradas secundárias, porém, caso ocorra um surto, podem prejudicar a lavoura antes mesmo do primeiro semestre.

Pragas na Fase Inicial da Cana-de-Açúcar

Conheça um pouco das principais pragas que atacam no período inicial da cana.


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Principais Pragas Iniciais

Algumas pragas da cultura canavieira já são muito conhecidas e são bastante observadas pelos produtores.

Mas algumas delas, a maioria secundárias, são pouco consideradas, o que pode causar prejuízos se não forem bem assistidas.

Há a necessidade de implementar o Manejo Integrado de Pragas (MIP) na cultura da cana-de-açúcar para que essas pragas iniciais sejam detectadas rapidamente.

Uma boa gestão da fazenda poderá melhorar muito o manejo.

Uma excelente maneira é usando o software CHBAGRO para que a detecção seja feita no momento ideal.

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Caso sejam verificadas quando já estiverem causando prejuízos, as chances de recuperação das áreas atacadas diminuem muito.

Por isso, uma maneira de saber o que poderá causar problemas é fazer monitoramento do solo antes mesmo da implementação tanto da cana planta como da cana soca.

Os danos serão causados de acordo com a espécie e o nível populacional presente na cultura.

Nos últimos anos, o cenário das pragas iniciais vem mudando, principalmente pelo fato de que a colheita com queima vem sendo substituída pela colheita mecanizada.

Com isso, a primeira praga que veremos será a que mais foi “beneficiada” pela mudança no manejo.

 

Cigarrinha-das-Raízes

Essa praga é uma velha conhecida dos canavicultores, porém, nos últimos anos, tem sido um dos maiores problemas no período inicial da cana.

A mais comum é a espécie Mahanarva fimbriolata, que está distribuída por todo o território nacional.

Com a colheita mecanizada, essa praga consegue se manter na área e, logo que se inicia uma nova safra, começa a atacar.

Com o início das chuvas saem da diapausa (período inativo da praga) e tanto ninfas como adultos atacam, consumindo o conteúdo interno dos tecidos.

As ninfas produzem uma espuma branca, bem característica, para a proteção e ficam ali sugando as raízes até que se tornem adultos.

Espuma da Larva da Cigarrinha-das-Raízes
Fonte: Grupo Cultivar

O manejo das cigarrinhas deve ser iniciado logo após a colheita e na entressafra com o monitoramento e análise de amostragens.

Esse monitoramento vai auxiliar na tomada de decisão para escolher a melhor forma de controle, podendo ser, por exemplo, químico, biológico e/ou cultural.

Dentre os métodos podem ser utilizados o controle biológico conservativo ou aplicado, com a aplicação de fungos entomopatogênicos Metarhizium anisopliae.

 

Migdolus

As larvas desse besouro podem prejudicar muito o estabelecimento da cultura da cana-de-açúcar.

A espécie Migdolus fyanus tem hábito subterrâneo, sendo que os adultos e as larvas passam boa parte do ciclo biológico em profundidades de 2 a 5 metros.

Os danos causados pelas larvas são pelo fato de se alimentarem e destruírem o sistema radicular do canavial em qualquer idade.

Dependendo do nível populacional dessa praga, as plantas podem reduzir drasticamente a absorção por água e nutrientes, podendo levar ao secamento e até à morte.

Em níveis populacionais muito altos pode haver a necessidade de replantio.

Migdolus
Fonte: Manual de Identificação das Pragas de Cana. Larva de migdolus.

A coleta para monitoramento em trincheiras de solo é essencial para se ter uma ideia de qual é o nível populacional dessa praga na sua área. Principalmente nas épocas de revoada, de outubro a março, quando há maior necessidade de controle.

Os métodos de controle podem ser feitos com aração e gradagem, para revolvimento do solo e maior contato com os insetos e aplicação de defensivos químicos para fazer barreira de proteção nas raízes.

 

Cupins

São diversas as espécies de cupins que atacam a cana-de-açúcar, principalmente no período inicial.

São insetos que se organizam muito bem por serem eussociais, ou seja, possuem castas - cada uma com uma função específica para manter a população.

Atacam de forma subterrânea e podem comprometer muito a qualidade da cana desde o momento da implementação até o momento da colheita.

O problema é que se não houver controle desde o início, os prejuízos podem ser altos.

Cupim Neocapritermes Opacus
Fonte: Manual de Identificação das Pragas de Cana. Cupim em solo de canavial.

É importante detectar a presença dos cupins na área e, caso a tomada de decisão seja feita, entrar com aplicação de defensivos no sulco de plantio.

Na cana planta podem causar sérios problemas na germinação e na cana soca causam redução de peso e falha na rebrota.

 

Corós

Os corós são considerados pragas secundárias da cultura da cana, mas podem causar prejuízos irreversíveis.

Esses insetos são da família Melolonthidae e também são comumente chamados de bicho-bolo ou pão-de-galinha.

Logo após as primeiras chuvas e nos meses mais quentes do ano, os adultos emergem e são atraídos pelos focos luminosos.

Com a reprodução desses insetos em alta bem na época da rebrota da cana, as chances de que ocorram danos iniciais são altas.

Atacam toletes das canas recém plantadas, internódios basais e os rizomas já formados.

Corós Melolonthidae
Fonte: Grupo Cultivar. Larva de coró em solo de canavial.

Como é uma praga secundária, os estudos para manejo desses insetos são escassos e o mais aconselhável é que se tenha uma rotina de amostragens e monitoramento para se ter uma noção da presença da praga na área.

Caso seja detectado, o controle pode ser feito juntamente com as demais pragas de solo, mas é importante saber da sua existência e formas de ataque.

 

Conclusão

As pragas da cana-de-açúcar são muito conhecidas por ser uma cultura de grande importância econômica.

Mas muitas vezes, as pragas iniciais, que não são muito visíveis porque a maioria está sob o solo, são pouco identificadas pelo produtor.

Aqui nós vimos algumas das principais pragas da cana no período inicial que podem causar danos muito prejudiciais à cultura.

Pode ser que você já conheça todas elas, mas é bom ter uma atenção especial tanto na cana planta como na cana soca.

 

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