O mercado de açúcar brasileiro bateu recorde de vendas externas no mês de outubro, somando 4,2 milhões de toneladas. Em dólares, os valores negociados bateram 1,20 bilhão. A quantidade exportada foi recorde para toda a série histórica registrada desde 2012.
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), se comparados ao mesmo período no ano passado, os embarques do adoçante tiveram um salto de 119%.
De acordo com os dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o país que mais importou foi a China, com registros de US$ 311,74 milhões em aquisições (25,9% do valor total de açúcar exportado pelo Brasil).
Outros países que também compraram o açúcar brasileiro foram: Índia (US$ 107,82 milhões; +33,8%), Bangladesh (US$ 85,07 milhões; +94,1%) e os Estados Unidos (US$ 61,95 milhões; +202,3%).

Para especialistas do agronegócio, o mercado de açúcar brasileiro têm sido beneficiado pelas exportações principalmente pelo aumento da produção nacional e menor oferta dos países concorrentes, além de um câmbio mais favorável.
Vale ressaltar que o Brasil é o principal exportador global da commodity.
Ainda no setor sucroenergético, houve aumento das exportações de álcool, que chegaram a US$ 184,87 milhões (75,4%), sendo os principais importadores os Estados Unidos (US$ 63,91 milhões; -1,1%), a Coreia do Sul (US$ 45,79 milhões; +53,6%) e a União Europeia (US$ 45,75 milhões; +3.681%).
Por isso, nesse artigo comentamos sobre como o mercado de açúcar vem sendo o grande apoiador do produtor de cana em 2020. Continue a leitura e entenda melhor!
Balança comercial: mercado de açúcar puxa a alta
No total, as exportações do agronegócio em outubro contabilizaram US$ 8,18 bilhões, um recuo de 6,2% em relação a outubro de 2019 (US$ 8,72 bilhões). Segundo a SECEX, a queda das exportações ocorreu em função da redução de 3,6% no índice de quantum das exportações e de 2,8% no de preço.
No agronegócio paulista, os principais grupos nas exportações nesse período foram: Complexo Sucroalcooleiro (US$ 4,32 bilhões, sendo que desse total o mercado de açúcar representou 85% e o de álcool, 15%), Complexo Soja (US$ 1,87 bilhão), Carnes (US$ 1,67 bilhão, em que a carne bovina respondeu por 86,3%), Produtos Florestais (US$ 1,15 bilhão, com participações de 49,7% de papel e 38% de celulose) e Sucos (US$ 989,87 milhões, dos quais 96,8% referentes a sucos de laranja).
O setor sucroalcooleiro é o que apresenta maior participação (34,1%) nas exportações paulistas. No total, o grupo cresceu 43,2% em valores e 55,6% em volumes exportados, devido ao bom desempenho do mercado de açúcar nas vendas externas - 57,5% em valores e 61,4% em volume.
Já as importações dos produtos do agronegócio somaram US$ 1,2 bilhão no mês do estudo. O saldo da balança comercial contabilizou US$ 6,9 bilhões.
A participação total do agronegócio nas exportações brasileiras representou 45,8% do valor total exportado no mês de outubro, alta de 9,7% em relação ao mesmo mês de 2019.
Mercado de açúcar: Indicador nominal atinge maior valor
No mercado de açúcar, o preço segue em alta na região paulista.
De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a valorização no mercado paulista está atrelada à maior demanda pelo açúcar cristal, cor icumsa de 130 a 180 – as negociações envolvendo essa variável ocorrem em volumes maiores.
No início de novembro, o Indicador Cepea/Esalq desse tipo fechou a R$ 103,23 por saca de 50 quilos, o maior patamar nominal da série histórica, iniciada em 2003. O recorde nominal anterior foi registrado em 2016, quando a saca chegou a ser comercializada por R$ 100,92/saca.
No acumulado da parcial de dezembro, o Indicador do cristal, registra pequena alta de 0,09%, fechando a R$ 110,89/saca de 50 kg na primeira semana.
A oferta, em especial para o tipo de melhor qualidade (Icumsa 150), continua reduzida. A demanda, por sua vez, também segue sem fortes aquecimentos.
Ainda de acordo com os pesquisadores do Cepea, o suporte é resultado das exportações aquecidas ao longo desse ano, o que têm causado a escassez interna do adoçante.
Esse cenário é verificado mesmo com a maior produção de açúcar na atual safra 2020/21. Segundo a SECEX, de janeiro a setembro de 2020, o Brasil exportou 21,22 milhões de toneladas, 68,24% a mais que no mesmo período de 2019.

Etanol: baixa liquidez e queda nos preços
Já o mercado paulista de etanol seguiu com baixa liquidez e com os preços em queda.
Entre 30 de novembro e 4 de dezembro, o Indicador Cepea/Esalq do hidratado (preço ao produtor) fechou a R$ 2,0548/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), 0,77% inferior ao anterior – esta foi a segunda semana consecutiva de baixa.
Para o anidro, o Indicador foi de R$ 2,4119/litro (sem PIS/Cofins), representando um recuo de 0,27% no mesmo comparativo – neste caso, a maior demanda dos estados nordestinos não foi suficiente para dar sustentação ao preço.
De acordo com o Cepea, algumas usinas, que apresentaram necessidade de fazer caixa, acabaram cedendo nos preços de venda do etanol.
No entanto, outras unidades que estiveram fora do mercado, apenas estocaram o produto para negociá-lo na entressafra. Parte das distribuidoras, por sua vez, segue retirando volumes adquiridos em períodos anteriores.
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