Apesar do grande sucesso da cafeicultura no Brasil, todo cafezal está sujeito a sofrer com pragas de grande importância.
O café sempre teve uma importância significativa para a história do Brasil, foi nossa maior riqueza por muito tempo, auxiliando no desenvolvimento do país e propiciando a vinda de imigrantes e a consolidação da expansão da classe média.

Entretanto, quando não controladas ou combatidas corretamente, as pragas podem causar grandes prejuízos ao cafeicultor, podendo até limitar a produção, dependendo da seriedade da infestação.
Assim, associada ao controle de doenças e plantas daninhas, o controle de pragas do cafezal precisa representar uma das práticas mais importantes nas lavouras de café.
Porém essa é uma atividade bastante onerosa, exigindo muito monitoramento, acompanhamento e planejamento de pragas que podem, porventura, persistir no cafezal.
Saiba quais são as principais pragas do cafezal e acompanhe algumas dicas para melhor controle delas.
Índice de Conteúdo (clique e vá direto ao assunto que procura)
- 1. Principais pragas do cafezal e suas estratégias de monitoramento
- 2. Como combater as principais pragas do café
- 3. Invista em gestão e deixe as pragas longe do seu cafezal
- Falar com um analista CHBAGRO
Principais pragas do cafezal e suas estratégias de monitoramento
O Brasil é um dos grandes produtores de café do mundo. Em 2020, a produção nacional fechou em 61,62 milhões de sacas de 60 kg, mantendo o país na primeira posição em produção e exportação dessa bebida.
Entretanto, o cafeeiro é atacado por muitas pragas que, se não combatidas de maneira assertiva, podem ocasionar grandes prejuízos e, em muitos casos, até limitam a produção.
Por isso, cabe ao cafeicultor entender o tipo e o grau de importância econômica de cada uma das pragas que podem acometer seu cafezal.
As principais pragas de importância econômica que atacam as plantas de café são:
Broca-do-café (Hypothenemus hampei)

A broca-do-café é uma praga bastante prejudicial ao cafeeiro e ataca os frutos em qualquer estádio de maturação. Níveis a partir de 30% de infestação são prejudiciais à produtividade e qualidade do café.
Essa praga é considerada importante por atacar os frutos em qualquer estágio de maturação, inclusive grão já seco. Afetam também a classificação e beneficiamento do mesmo, comprometendo a bebida do ponto de vista comercial.
A forma mais adequada para acompanhar a infestação da broca-do-café e ajudar na tomada de decisão quanto ao controle, é fazer a amostragem mensal no cafezal, principalmente no período de novembro até cerca de 70 dias antes da colheita.
Outra sugestão é iniciar a amostragem quando os frutos estiverem na fase de chumbo e chumbões, período em que as sementes já estão formadas e, portanto, fase em que a broca perfura o fruto, podendo ovipositar no fruto.
Bicho-mineiro (Perileucoptera coffeella)
Essa é a principal praga da cultura do café. Nas infestações, a lagarta penetra na folha e aloja-se entre as duas epidermes, começando a alimentar-se e a construir minas, daí o nome bicho-mineiro.

Fonte: Esalq/USP. Lesão causada por larva de bicho-mineiro.
A ocorrência do bicho-mineiro está condicionada a diversos fatores, com destaque para condições climáticas, como precipitação pluvial e umidade relativa do ar.
A presença ou ausência de inimigos naturais como parasitoides, predadores e patógenos, além das diferenças de espaçamentos, favorecem às infestações dessa praga.
O monitoramento e amostragem de bicho-mineiro em cafeeiros de até 3 anos de idade deve ocorrer quinzenalmente quando os primeiros danos aparecem nas folhas.
Neste caso, o controle do bicho-mineiro deve ser iniciado quando for encontrado 30% ou mais de folhas minadas nos terços médio e superior das plantas de café.
Ácaro vermelho (Oligonychus ilicis)

Fonte: Grupo Cultivar
O ácaro vermelho é uma praga que encontra condições ideais ao seu desenvolvimento em condições de seca, com estiagem prolongada. O ataque do ácaro vermelho ocorre em reboleiras e, em casos graves, pode se espalhar para toda a plantação de café.
O ataque dos ácaros é mais sério nas áreas mais ensolaradas, com manchas de solo mais secas e próximas as estradas, já nas áreas mais sombreadas ou arborizadas o ataque é bem menor.
Além disso, é frequente observar o aumento da infestação de ácaro vermelho associado a aplicação de piretróides sintéticos para combater o bicho-mineiro, bem como ao uso de fungicidas cúpricos para combater a ferrugem-do-cafeeiro.
Cigarrinhas (Hemiptera: Cicadellidae)

São insetos sugadores que se alimentam em vasos do xilema de uma vasta gama de plantas hospedeiras. As cigarrinhas possuem tamanho e coloração variado, tanto que há uma lista de 141 espécimes de cigarrinhas coletadas em todo tipo de cafezal.
Mesmo sendo uma praga que não ataca apenas a cultura do café, as cigarras podem causar muitos prejuízos ao cafeeiro, principalmente quando não manejada corretamente.
Mesmo com cigarras não tendo apresentado grandes problemas em diversas lavouras cafeeiras, devido ao controle com produtos eficientes via solo, ainda pode-se encontrar lavouras com infestação dessa praga, por isso o monitoramento com o intuito de verificar a infestação é essencial.
A amostragem das cigarrinhas pode ser realizada através da utilização da rede de varredura, succionador motorizado, armadilha de Malaise e armadilha adesiva amarela.
Entretanto, a armadilha adesiva amarela, além de ser mais prática, por ficar no campo até 15 dias, também nos mostra dados de flutuação populacional das cigarrinhas na área.
Como combater as principais pragas do café
Vimos aqui algumas das pragas mais recorrentes que podem acometer o cafezal, mas o cafeicultor deve estar muito atento a três pragas que mais ameaçam a cultura: bicho-mineiro, broca-do-café e ácaro vermelho.
Para reduzir ou até minar o efeito destas pragas, monitoramento, amostragens e estratégia de combate são fundamentais e devem ocorrer de forma constante.
No caso da broca-do-café, por exemplo, é muito importante seguir o manejo integrado de pragas, onde a melhor maneira de prevenir e reduzir a infestação de broca no cafezal é fazer uma boa colheita, repassando para não “deixar grãos para trás” e varrer aqueles caídos.
O controle químico é também essencial, ele deve ser iniciado quando a infestação atingir o nível de controle (3% a 5%), pulverizando-se as partes mais atacadas da lavoura.
Vale lembrar que os métodos de controle devem ser aplicados no período de trânsito da broca, que vai de outubro a dezembro. As aplicações são embasadas por amostragem previamente feitas e quando houver danos econômicos.
Para o bicho-mineiro, o controle cultural é uma boa estratégia. Com a associação de tratos culturais sendo essencial para proporcionar maior enfolhamento das plantas.
Para o controle químico dessa praga no cafezal, recomenda-se utilizar grupos químicos registrados para a cultura, como: Neonicotinóides, organofosforado, diamidas, espinosinas, piretróide e carbamato, podendo aparecer um grupo químico ou a associação de mais de um deles, sempre tendo o cuidado de realizar a rotação, evitando casos de resistência.
Por fim, o ácaro-vermelho deve ter seu controle por meio da adoção de acaricidas específicos registrados para a cultura.
Recomenda-se cuidados extras quanto ao uso de inseticidas piretróides, que se mal utilizados podem provocar a diminuição dos inimigos naturais do ácaro, levando a uma infestação elevada da praga.
Invista em gestão e deixe as pragas longe do seu cafezal
Em nosso blog já falamos várias vezes que otimizar a gestão da lavoura de café é fundamental para evitar perdas e proporcionar maior produtividade ao cafezal e lucratividade ao cafeicultor.
Por isso, a gestão deve também estar muito bem alinhada ao monitoramento, controle e combate de pragas no cafezal.
Por envolver custos com compra e aplicação de defensivos agrícolas, uso de maquinas de pulverização e mão-de-obra a gestão do controle de pragas (monitoramento, amostragem e combate) deve estar incluída a gestão completa do cafezal.
Com monitoramento baseado em um cronograma bem realizado, é possível melhorar o controle, além de reduzir custos desnecessários com medidas de controle inúteis. Isso ajuda a tornar o sistema mais lucrativo, sustentável e produtivo.
Para proporcionar e facilitar essa gestão, o uso de um bom sistema de gerenciamento é fundamental. Ele deve ser integrado a ponto de permitir um controle financeiro muito mais eficiente.
Neste caso, a melhor opção em software integrado é o CHBAGRO. Este é um sistema de gestão completo e conhecido como um grande aliado do cafeicultor na gestão de seu cafezal.
Com o CHBAGRO o cafeicultor poderá fazer o completo gerenciamento, monitoramento e uso de defensivos de sua lavoura, permitindo melhor apuração de custos, seja por fazenda, talhão, dia, mês e safra.
Baseado em mais de 70.000 programas e dados de mais de 600 fazendas em todo Brasil, o CHBAGRO conecta as áreas operacional e administrativa da fazenda, permitindo que o cafeicultor tenha um controle financeiro muito mais eficiente.
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