O cálculo de depreciação de máquinas e implementos agrícolas ajuda os gestores agrícolas a tomarem decisões mais eficientes sobre o momento correto da aquisição e troca dos equipamentos da propriedade.
Se você espera seus equipamentos quebrarem para comprar implementos agrícolas e máquinas novas, você pode estar perdendo dinheiro na fazenda.
Será que não compensa comprar máquinas e implementos agrícolas novos, ao invés de realizar as manutenções preventivas e corretivas dos tratores e implementos antigos?

Veja, neste artigo, como realizar os cálculos de depreciação das máquinas da fazenda, saber quando compensa trocar o equipamento e ser mais eficiente no dia a dia no campo.
Índice de Conteúdo (clique e vá direto ao assunto que procura)
- 1. O que é depreciação de Máquinas e Implementos Agrícolas
- 2. Depreciação fiscal e gerencial
- 3. Quando trocar as máquinas e implementos agrícolas antigos por novos?
- Conclusão
- Falar com um analista CHBAGRO
O que é depreciação de Máquinas e Implementos Agrícolas
A depreciação é uma despesa que reduz o valor de um bem com o tempo, ou seja, é a desvalorização dos equipamentos devido ao seu uso ou o passar do tempo.
Assim como um carro, um celular, ou um computador, os equipamentos agrícolas também perdem valor com o passar do tempo.
Muitos tratores e equipamentos possuem tecnologias que vão ficando obsoletas, e além disso, precisam de reparos e manutenções.
Esperar um equipamentos quebrar para trocar ou realizar as devidas manutenções não é a forma ideal de ser mais eficiente no campo.
Muitos gestores esperam os implementos agrícolas e os tratores quebrarem para realizarem manutenções corretivas, que na maioria dos casos, acaba sendo mais cara frente às manutenções preventivas.
Além disso, máquinas paradas podem atrasar o manejo operacional no campo durante a semeadura ou colheita, comprometendo prazos e atividades na fazenda.
Existem duas formas principais de depreciação:
- 1. Desgaste: devido ao uso do maquinário agrícola, parte de suas peças sofrem desgastes: pneus, filtros, pintura, motor, etc.
- 2. Obsolescência: o uso de um equipamento ao longo de vários anos pode torná-lo obsoleto. Geralmente acontece com máquinas e implementos agrícolas com softwares antigos, ou que são substituídos por modelos mais novos com novas tecnologias.
Depreciação fiscal e gerencial
Existem dois tipos de depreciação: a fiscal e a gerencial.
A depreciação fiscal, também conhecida como contábil, depois de um período de tempo estabelecido pela Secretaria da Receita Federal, reduz o valor do seu equipamento agrícola a zero (R$ 0,00).
Já, a depreciação gerencial não necessita reduzir o valor final do bem a zero (R$ 0,00), ele pode ser calculado durante um intervalo menor de tempo do que sua vida útil, permitindo ao produtor rural conseguir um dinheiro com sua venda futura.
Para calcular a depreciação podemos utilizar como base a tabela da Receita Federal.
Vale lembrar que a tabela da Receita não é obrigatória para o cálculo de depreciação de empresas que se enquadram no Simples Nacional ou Lucro Presumido.
Muitos produtores utilizam também a tabela da CONAB para cálculo da depreciação e vida útil dos equipamentos agrícolas.

Fonte: CONAB. Anexo II - Máquinas Agrícolas - Vida Útil e Valor Residual.
Vamos calcular as depreciações fiscais e gerenciais para um trator utilizado na cultura da cana-de-açúcar.

Fonte: John Deere
Segundo a tabela da Conab, um trator possui vida útil de 10 anos ou 15.000h, com o valor residual após esse tempo de 20% do seu valor de compra.
Cálculo da depreciação fiscal
Supondo a compra de um trator de R$ 300 mil, o cálculo da depreciação fiscal consiste em dividir o valor total do trator (R$ 300 mil) pela vida útil em meses (120 meses - 10 anos).
R$ 300 mil / 120 (10 anos) = R$ 2.500,00 (depreciação mensal)
Ou seja, a cada mês que passa, nosso trator desvaloriza R$ 2.500,00, ou R$ 30 mil por ano.
Ao final de um ano após a compra, esse trator valerá R$ 270 mil; ao final do segundo ano, ele valerá R$ 240 mil e assim sucessivamente.
Na depreciação fiscal, note que após 10 anos, o valor do trator será zero reais (R$ 0,00).
Cálculo da depreciação gerencial
Na depreciação gerencial, vamos supor que venderemos esse trator por R$ 100 mil após 5 anos de sua utilização.
Neste caso, o valor "perdido" foi de R$ 200 mil nesses 5 anos.
Para calcular o valor, basta dividir a diferença no valor da venda pelos meses de uso do trator.
R$ 300 mil - R$ 100 mil= R$ 200 mil
R$ 200 mil / 60 meses (5 anos) = R$ 3.333,33 (depreciação mensal)
Note que a venda desse trator nessas condições, após 5 anos de uso, não seria compensatória, pois os custos de depreciação mensais foram maiores do que se mantivéssemos o trator operando na fazenda.
Comparação entre depreciação fiscal e depreciação gerencial para este caso
Para o trator do exemplo sendo vendido em 5 anos, verificamos que compensaria mais o cálculo da depreciação fiscal, visto que:
R$ 3.333,33 (depreciação mensal) > R$ 2.500,00 (depreciação mensal)
Apenas se esse trator fosse vendido por valores maiores que R$ 150 mil, compensaria trocar por equipamentos novos.
R$ 300 mil (valor de compra) - R$ 160 mil (valor de venda) = R$ 140 mil
R$ 140 mil / 60 meses (5 anos) = R$ 2.333,33 (depreciação mensal)
R$ 2.333,33 (depreciação mensal) < R$ 2.500,00 (depreciação mensal)
Nestes casos de venda futura do equipamento, as manutenções em dia e os cuidados com os equipamentos e implementos agrícolas podem elevar ou reduzir o valor final.
Tratores melhores conservados valem mais na revenda, então, os valores podem variar de acordo com cada máquina e forma de utilização.
Dessa forma, se você sabe quais são os valores de depreciação de suas máquinas e implementos agrícolas mensais, fica simples reservar tal capital para troca futura dos equipamentos.
Em nosso exemplo, a fazenda com apenas esse trator deveria reservar R$ 2.500, mensalmente, para trocar seu maquinário sem comprometer seu fluxo de caixa futuro.
Quando trocar as máquinas e implementos agrícolas antigos por novos?
Esses cálculos que realizamos na análise de depreciação te ajudarão a tomar essa decisão.
Aqueles que acham que máquinas novas são mais caras que as antigas pensam somente no valor de aquisição de um novo equipamento e, às vezes, acabam se esquecendo dos custos com reparos e manutenções das máquinas antigas.
Equipamentos mais antigos vão se deteriorando com o uso e podem apresentar maiores custos com manutenções, além de acarretarem em menores rendimentos operacionais e perderem a capacidade de operar com eficiência.
Se a fazenda possui muitas máquinas e equipamentos, as contas nem sempre são fáceis de serem organizadas, porém já existem planilhas e softwares agrícolas como o CHBAGRO que podem te ajudar nos cálculos da depreciação.
O CHBAGRO oferece detalhes sobre os rendimentos de cada máquina na propriedade, o que auxilia os gestores no entendimento de trocar os equipamentos por novos ou continuar usando por mais algum tempo.
O software detalha os custos de manutenção, oficinas, abastecimentos, controle da vida útil dos veículos, notas fiscais de peças e serviços e muito mais.
Após analisar os rendimentos das máquinas e implementos da frota, fica mais fácil selecionar aqueles que estão operando com baixa eficiência e necessitam de substituição.
Conclusão
A depreciação das máquinas e implementos agrícolas é um fator de custos que não pode ficar de fora da sua gestão agrícola. Ela deve estar incluída nos cálculos da frota da propriedade.
Com o auxílio da depreciação é possível otimizar o maquinário da fazenda e aumentar a lucratividade e os rendimentos operacionais em campo.
Se a empresa agrícola reservar, mensalmente, os valores calculados de depreciação para todas as máquinas utilizadas, terá um recurso no futuro para troca de equipamentos, sem impactar no fluxo de caixa da fazenda, uma vez que ativos como máquinas e implementos agrícolas possuem alto valor agregado.
Um software agrícola como o CHBAGRO o auxiliará a manter um inventário organizado, planejando recursos para reserva financeira destinada à frota da sua propriedade.
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