Depois de muito trabalho com o preparo do solo, plantio, adubação e tratos culturais chega a parte mais importante e esperada por cafeicultores: a colheita do café.
Esse, sem dúvidas, é o momento em que todo o esforço precisa ser recompensado!
Para isso, alguns processos associados à essa importante etapa são fundamentais para que o cafeicultor alcance o lucro desejado.
Assim, para que esse lucro seja realmente alcançado e a colheita do café seja satisfatória, um bom planejamento é fundamental!
Afinal a colheita é apenas uma parte de um processo, tendo na fase que antecede a colheita importância tão significativa quanto a própria colheita.
Por isso, vale conferir quais são os processos fundamentais para que a colheita seja a mais eficiente possível a ponto de permitir que maiores lucros sejam alcançados na atividade cafeeira.
Índice de Conteúdo (clique e vá direto ao assunto que procura)
- 1. Quando realizar a colheita do café?
- 2. Formas adotadas para realizar a colheita do café
- 3. O que fazer depois da colheita do café?
- 4. Gestão agrícola: essencial para uma colheita do café mais lucrativa
- Falar com um analista CHBAGRO
Quando realizar a colheita do café?
Muitas pessoas têm muitas preocupações com a adoção de modernos processos associados à eficiência da colheita do café, ou seja, priorizam o “como fazer?”.
No entanto, estas mesmas pessoas, por vezes, não se preocupam com a definição do melhor momento para iniciar esse processo, ou seja, se esquecem do “quando fazer”?.
Dessa forma, a colheita deve ocorrer quando os frutos atingem seu estado de maturação fisiológico (cereja), como visto abaixo. Esse estado de maturação ocorre no período da seca, entre março/abril a setembro.
Fonte: AQIA
Vale salientar também que a principal evidência da maturação é a mudança da cor da casca. No café, ela transita do verde para vermelho ou amarelo, de acordo com a variedade.
Assim, a hora certa de colher os grãos é quando eles atingem a maturação fisiológica, que deve ter cerca de 55 a 70% de umidade.
Para melhor entendimento, vale entender quais são as denominações do café:
- 60 a 70% de umidade: Verde
- 45 a 55% de umidade: Cereja
- 30 a 45% de umidade: Passa
- 25 a 35% de umidade: Bóia
- Menor que 25%: Coco
Dica importante: Para melhor gestão e lucratividade da colheita, o ideal é que esse processo se inicie quando a lavoura ou talhão apresentar pequena quantidade de cafés verdes (menor que 20%) e estiver ainda com pequena quantidade de frutos passas ou secos, ou seja, no estágio pós-maturação.
Formas adotadas para realizar a colheita do café
Existem várias formas para realizar a colheita do café ao redor do mundo, mas, basicamente, elas englobam três estratégias: manual, semi-mecanizada e mecanizada.
Entenda as particularidades e diferenças entre cada processo a seguir.
Colheita manual
A colheita manual é o método mais antigo, ele representa o processo no qual a colheita dos frutos é feita de forma manual, garantindo maior consistência ao café.
Este processo exige treinamento constante, além da participação de muitos profissionais durante o período.
A colheita do café realizada de forma manual pode ser seletiva ou por derriça.
A colheita seletiva consiste no recolhimento das cerejas maduras, com as cerejas verdes sendo ignoradas.
Esse tipo de colheita garante um café de qualidade superior, no entanto exige a participação de muitos profissionais, já que envolve vários retornos à lavoura.
Também confere maior consistência ao café, garantindo preços mais altos que cobrem os custos com pessoal.
Por sua vez, a colheita por derriça consiste no recolhimento de todos os frutos do galho independente do estágio de maturação que eles possam apresentar, por isso, na derriça são utilizados varietais cujas cerejas amadurecem mais uniformemente.
Os frutos caem sobre um pano ou tela estendido no chão, após isso são recolhidos e selecionados.
Colheita semi-mecanizada
Esse método de colheita faz uso de uma derriçadora motorizada manual, caracterizado como um instrumento com “mãos” vibratórias nas pontas.
Os catadores o utilizam para balançar os galhos dos cafeeiros, fazendo com que os frutos mais maduros se desprendam do pé e caiam nas telas ou panos distribuídos ao longo do talhão.
Colheita mecanizada
Por fim, temos a colheita mecanizada do café. Esse método faz uso de máquinas específicas conhecidas como colhedoras de café, que podem ser tracionadas por tratores agrícolas ou automotrizes.
Ambas as colhedoras realizam a colheita plena ou seletiva dos frutos, sem causar grandes danos à planta, mas para isso é necessário o treinamento constante do operador da máquina, permitindo que ela tenha seu funcionamento correto durante o processo.
Essa forma de colheita é recomendada principalmente para plantações feitas em terrenos planos que possibilitem a passagem das máquinas.
Além dessa questão, a máxima produtividade/lucratividade da colheita mecanizada depende da prévia definição do espaçamento entre as linhas da lavoura durante o plantio com base no tamanho das máquinas disponíveis no mercado.
O que fazer depois da colheita do café?
Diferentemente do que muitas pessoas possam imaginar, a colheita não representa a etapa final da atividade cafeeira dentro da fazenda.
Afinal outras medidas complementares são essenciais e englobam etapas como o tratamento do fruto pós-colheita e os manejos relacionados à lavoura recém-colhida.
Assim, ainda no cafezal, logo após a colheita dos grãos (exceto na coleta seletiva), os cafés colhidos passam por uma pré-limpeza para a retirada de impurezas mais grosseiras, caso de folhas, galhos e demais detritos.
Essa medida é realizada a partir de catação e abanação manual com peneira.
Depois disso, os grãos são acondicionados em sacos à sombra e em até 4 horas devem ser transportados até o local de processamento, onde é realizado o processo de limpeza para que, enfim, os grãos comecem a ser preparados para a torra.
Para isso, ainda na fazenda os grãos passam pelos processos de lavagem, separação e secagem.
O produtor pode optar por processar os grãos por via seca ou por via úmida. O primeiro caso resulta no café chamado de natural (seco com casca e polpa), enquanto o último é dividido principalmente entre cereja descascado, cereja despolpado e cereja fermentado.
Ainda na fazenda, outra atitude indispensável é a varrição. Mesmo que a colheita do café seja pautada na máxima qualidade, reduzindo a perda de grãos, estima-se que até 10% dos frutos fiquem caídos no chão.
Quando sujeitos ao sol e a chuva, estes frutos sofrem fermentações indesejadas que podem diminuir a qualidade do café, facilitando a proliferação de pragas, como a broca-do-café (Hypothenemus hampei).
Caso o cafeicultor tenha mão-de-obra disponível em sua propriedade, a varrição pode ser realizada imediatamente após a colheita, fazendo com que o café não perca sua qualidade.
Para ter um controle melhor do seu beneficiamento e garantir a qualidade de todos os lotes de café, é necessário que o café de varrição esteja separado dos demais tanto na hora da secagem quanto no beneficiamento.
Gestão agrícola: essencial para uma colheita do café mais lucrativa
O Brasil é um dos maiores produtores de café do mundo. Em 2020, por exemplo, o setor teve uma superprodução de mais de 63 milhões de sacas beneficiadas de café arábica e conilon, a maior da história.
Mas, mesmo assim, o setor cafeeiro pode render muito mais!
Para isso, as propriedades precisam investir em níveis de gestão mais efetivos, principalmente no período da colheita do café.
Os custos associados ao uso de maquinários e mão-de-obra são altos na colheita do café, assim como o preço recebido pelo café costuma ser baixo.
Por conta disso, o gerenciamento das atividades da propriedade cafeeira e o conhecimento do custo de produção são peças-chave para o desenvolvimento de uma cafeicultura lucrativa e no posicionamento do cafeicultor frente ao mercado.
Para tal, a adoção de um software agrícola é essencial para o cafeicultor. Com esse tipo de sistema de gestão o cafeicultor consegue gerenciar todos os custos da lavoura, com lucros (ou prejuízos) obtidos.
Para isso, o CHBAGRO se configura como o grande aliado do cafeicultor. Ele é um excelente software de gestão agrícola específico para fazendas, pois permite um gerenciamento totalmente integrado da fazenda.
O CHBAGRO é baseado em mais de 70.000 programas, com dados de mais de 600 fazendas em todo Brasil. Ele permite total conexão das áreas operacional e administrativa da propriedade, permitindo uma gestão completa de todas as atividades.
Por exemplo, quando há o lançamento de uma nota fiscal de compra, automaticamente o sistema gera uma despesa no módulo financeiro e adiciona o insumo no estoque.
Na medida em que o operador agrícola realiza as aplicações, o sistema faz todos os cálculos para informar quanto a aplicação custou em cada fazenda e talhão, contribuindo, dessa forma com o aumento dos lucros da propriedade.
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