Após quase oito meses de pandemia, a grande maioria dos setores enfrentam os impactos negativos causados pela crise da Covid-19, assim como a produção da cana.
Dentre os afetados, o setor sucroenergético foi intensamente atingido pela drástica redução da demanda por combustíveis em virtude das recomendações de isolamento social (diminuindo consideravelmente a circulação das pessoas), além da desvalorização do real, fatores que influenciaram negativamente a produção da cana.
Embora no último trimestre de 2019 tivéssemos indícios da desaceleração da economia, tanto a brasileira quanto a mundial, as expectativas do setor sucroenergético no começo da safra 2020/2021 eram bastante otimista, inclusive com estimativa de crescimento na produção e no consumo de etanol.
Mas a crise pandêmica agravou ainda mais a já fragilizada economia brasileira, diminuindo a confiança dos investidores principalmente no setor canavieiro que há algum tempo tem sido atingido pela baixa produtividade dos canaviais, além da queda na eficiência da produção e na consequente descapitalização do setor.
Segundo os pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), o cenário mundial também está influenciando o mercado brasileiro de cana devido à queda dos preços do petróleo e açúcar nos Estados Unidos e à alta do dólar.
De acordo com o IEA, a safra canavieira no Brasil em 2019/2020, encerrada em 30 de março, foi de aproximadamente de 642,7 milhões de toneladas, acréscimo de 3,6% em comparação com a safra anterior.
Nesse montante, foram destinados 29,7 milhões de toneladas de açúcar e 35,6 bilhões de litros de etanol.
Alta nos custos de produção da cana
O Instituto de Pesquisa e Educação Continuada em Economia e Gestão (PECEGE) recentemente divulgou os dados do “Levantamento de Custos de Produção de Cana-de-açúcar”, promovido em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
De acordo com o documento, o custo agrícola da produção de cana na última temporada apresentou redução marginal de 0,49% comparativamente à safra anterior, atingindo R$ 103,52/toneladas.
Para o instituto, os efeitos da pandemia do novo coronavírus afetaram drasticamente os custos, ocasionando uma quebra na tendência de baixa. O custo total médio de produção da cana-de-açúcar de R$ 111,82/t, o equivalente a R$ 8.548,00/ha.
Os principais causadores disso foram o isolamento social, que reduziu a circulação de veículos e, consequentemente, o consumo de etanol, e a desvalorização do real, aumentando o valor dos insumos exportados utilizados na lavoura.
A balança desfavorável dos custos de produção
Através de uma iniciativa do Projeto Campo Futuro, a CNA realizou levantamentos de custos de produção da cana em duas propriedades, uma em Ituveraba/SP e outra em Uberaba/MG.
Antes de mais nada é necessário entender os tipos de custos que incidem sobre a produção da cana para verificar se o resultado final foi positivo ou negativo, sendo eles:
- Custo Operacional Total (COT): engloba os custos essenciais de produção somados à depreciação de patrimônio e o pró-labore do(s) produtor(es);
- Custo Total (CT): envolve o COT mais a remuneração de terra e capital.
O levantamento realizado em Ituverava/SP foi em uma propriedade modal de 400 hectares, com 80% de plantio manual e 20% mecanizado, tendo a colheita 100% mecanizada.
A produtividade aumentou em 9% comparada a safra anterior e preço o Açúcar Total Recuperável (ATR) também teve uma evolução de 14,5%.
Nessa propriedade, o COT foi de R$ 89,71/ton e a receita foi de R$ 97,98/ton, que apresentou um saldo positivo de R$ 8,27/ton. Porém, o CT foi de R$ 123,37/tonelada, apresentando um prejuízo de R$ 25,39/ton.
Já em Uberaba/MG, o levantamento foi realizado numa propriedade modal de 500 hectares. A receita foi de R$ 93,08/ton, com o COT sendo R$ 82,61/ton, também dando margem líquida positiva (R$ 10,74/ton).
Entretanto, o CT teve o valor de R$ 101,88/ton, também ocasionando em prejuízo para o produtor (- R$ 8,80/ton).
Nesse atual cenário, os produtores de cana-de-açúcar precisam estar atentos ao controle dos custos de produção por meio de uma gestão financeira eficaz. Para ter um saldo positivo da balança, muitas vezes a solução está no controle de custos e não tanto no aumento da produtividade.
Software de gestão agrícola pode facilitar o controle dos custos de produção da cana
Acostumado com a lida no campo, a complexidade técnica da administração da fazenda pode ser fonte de grande preocupação dos produtores rurais.
Mas é importante que a gestão financeira seja feita de maneira profissional, afinal, o controle dos custos da produção da cana é essencial para o sucesso da propriedade.
Por isso, o investimento em um software de gestão agrícola totalmente voltado para fazendas é vital para o controle dos custos de produção da cana-de-açúcar nesse cenário de pandemia e também no pós-pandemia.
O CHBAGRO é uma excelente opção para o gestor, pois este software agrícola proporciona uma gestão financeira eficaz para as fazendas, auxiliando na redução de custos e aumento da produtividade da lavoura de cana-de-açúcar.
O CHBAGRO foi elaborado com base em mais de 70.000 programas e dados de mais de 600 fazendas em todo o território brasileiro.
O software também conecta as áreas operacional e administrativa de sua propriedade, proporcionando um controle financeiro eficiente.
Exemplificando: quando o gestor lança uma nota fiscal de compra, o sistema automaticamente gera uma despesa no módulo financeiro e inclui um insumo ao estoque.
Conforme o operador agrícola aplica os insumos na lavoura, o CHBAGRO executa todos os cálculos necessários para informar quanto realmente custou cada fazenda e talhão.
Conclusão
É de suma importância o controle dos custos de produção da cana nesse cenário incerto que a pandemia trouxe para todos os setores.
Sem uma gestão financeira é praticamente impossível avaliar a rentabilidade da lavoura de cana-de-açúcar.
O CHBAGRO, software agrícola específico para fazendas, pode te auxiliar nessa tarefa, permitindo que o controle de custos de produção da cana forneça as informações necessárias para a tomada de decisões que irão aumentar tanto os lucros quanto a competitividade da sua propriedade rural.
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