As altas produtividades nos canaviais estão vinculadas a uma boa nutrição e adubação das plantas, tanto em quantidade, como qualidade da fonte, dos adubos e a época correta de disponibilidade.
Por isso, conhecer bem as fontes e quais as peculiaridades na sua aplicação pode com certeza maximizar a eficiência na utilização desses adubos.

Portanto, hoje destaco as principais fontes de NPK utilizadas na cultura da cana-de-açúcar e que vêm demostrando efeitos positivos na produtividade.
Índice de Conteúdo (clique e vá direto ao assunto que procura)
- 1. Fontes de Nitrogênio
- 2. Fontes de Fósforo
- 3. Adubos Termofosfatos
- 4. Fontes de Potássio
- Conclusão
- Falar com um analista CHBAGRO
Fontes de Nitrogênio
As fontes mais usuais de nitrogênio são a ureia, sulfato de amônio, nitrato de amônio, nitrato de potássio, fosfato monoamônico (MAP) e fosfato diamônico (DAP).
Cada uma delas apresenta teores de N diferente e podem estar acompanhadas de outros elementos, como por exemplo o potássio, enxofre e fósforo.
A seguir detalho as mais utilizadas em cana e quantifico os teores dos seus elementos:
Ureia
A ureia é uma das fontes nitrogenadas com maior concentração de N, chegando a 45% de N.
Além disso, fornece N na forma amoniacal (NH4+), estando prontamente assimilável pela planta após absorção.
Tem como vantagem apresentar alto teor de N, associado a um custo relativamente baixo.
Como desvantagem podemos relatar a sua grande facilidade de volatilização na forma de amônia, podendo chegar a cerca de 60% de todo o N aplicado.
Uma das estratégias para evitar perdas em cultivos de cana é a incorporação ao solo a 5cm.
Outra estratégia é o recobrimento dos grânulos com inibidores de urease.
E, por último mas não menos importante, realizar a aplicação em épocas de chuvas recorrentes.
Sulfato de amônio
É um fertilizante utilizado para a reposição de nitrogênio(20%) e enxofre (22%), dois macronutrientes essenciais para o desenvolvimento vegetal.
Comparado a ureia, apresenta valor mais elevado, mas como vantagem apresenta menores perdas por lixiviação e volatilização, o que no caso da cana é interessante, pois propicia a aplicação deste produto na superfície sem a necessidade de incorporação.
Devido a essa vantagem, ocorre a possibilidade de planejamento de adubação durante todo ano, diferente do que ocorre com a ureia que se restringe à aplicação somente na época das águas.

Nitrato de amônio
Fertilizante que apresenta, em média, 32% de N nas duas forma do mineral, amoniacal e nítrica do mineral.
Assim como o fertilizante anterior, apresenta valores reduzidos de perdas por volatilização, mesmo quando aplicado sob palhada.
Por ter parte do N na forma nítrica, é mais suscetível à lixiviação e requer maior gasto energético da planta, após absorvido, para assimilação em compostos orgânicos.
Também se comparado a ureia, apresenta maior valor agregado, devendo tomar a decisão fazendo uma análise econômica e de manejo da sua lavoura.
- Nitrato de potássio - 13% de N e 44% de K2O
- Fosfato monoamônico (MAP) - 10% de N e 46 a 50% de P2O5
- Fosfato diamônico (DAP) - 16% de N e 38 a 40% de P2O5
Fontes de Fósforo
Em cana-de-açúcar é recomendado a aplicação de todo o P necessário no sulco de plantio, conseguindo justificar por ser a única oportunidade de aplicação de adubos em profundidade local da zona crescimento radicular e pela reduzida mobilidade desse elemento.
Segundo a Embrapa, a adubação fosfatada, em geral, não afeta significativamente a qualidade tecnológica da cana com relação ao teor de açúcar (ATR – açúcar total recuperável).
Assim, o ganho de produtividade em ATR em resposta a essa adubação é determinado pelo aumento na produtividade de colmos.
Mas, olhando por outro lado, o teor de P no caldo é considerado um fator de qualidade da matéria prima, é positivamente influenciado pela disponibilidade de P do solo e pelo nível de adubação fosfatada, requerendo-se menores complementações com ácido fosfórico (grau alimento) na indústria durante o processo de clarificação do caldo para produção de açúcar.
As principais fontes de fósforo são o MAP, DAP, superfosfato simples, superfosfato triplo e os termofosfatos:
Superfosfato simples
Um fertilizante composto por 18% a 21% de P, além de 16% de Ca e de 10% a 12% de S.
É comum apresentar bastante oferta e tem como diferencial a presença de enxofre na forma de sulfato de cálcio.
Superfosfato triplo
Tem em sua composição cerca de 41% a 46% de P e 10% a 12% de Ca.
Pode-se dizer que é uma fonte relativamente barata, quando considerado apenas os teores fósforo.
MAP
Um fertilizante fosfatado importante por apresentar cerca de 10% de N e 46 a 50% de P2O5.
Um ponto interessante desse fertilizante é também a disponibilidade de nitrogênio.
Normalmente, é um fertilizante com um valor mais alto comparado ao super simples, mas que apresenta uma concentração de P maior, por isso a escolha deve ser muito bem pautada.
DAP
Fertilizantes constituído por cerca de 16% de N e 38 a 40% de P2O5, assim como o anterior apresenta um preço mais alto.
O DAP e o MAP são fontes bastante empregadas para as formulações de adubos NPK.

Adubos Termofosfatos
Os termofosfatos são excelentes fontes de fertilizante fosfatado sendo compostos por 18 % de P2O5, 9% de Mg, 20% de Ca e 25% de SiO4.
Em cana também é bastante comum a utilização de torta de filtro, resíduo da indústria rico em fósforo e cálcio.
Recomenda-se fazer a aplicação desses adubos em área total quando utilizar dosagem de 100ton/ha, no sulco de plantio quando utilizar de 10 a 20 ton/ha e na soca utilizar uma dosagem de 40 a 50 ton/ha.
Fontes de Potássio
Em cultivos canavieiros, é comum a utilização da chamada vinhaça, resíduos da fabricação de álcool e açúcar rica em potássio e cálcio.
Além dessa adubação orgânica, pode-se também fazer a utilização de adubos químicos tais como:
- Cloreto de potássio, sulfato de potássio (60% a 62% e 48% a 50% de K2O);
- Nitrato de potássio - 16% de N e 46% de K2O.
Conclusão
É clara a conclusão que ganhos produtivos requerem balanço nutricional da planta.
Desta forma, detectando a carência em sua propriedade é importante a escolha das fontes de adubos que melhor se encaixem na sua realidade, seja ela a demanda nutricional, operacional e econômica.
Então, tenha sempre um bom planejamento e gerência no tópico adubação para que você consiga nutrir bem seu canavial e também alimentar bem o seu faturamento.
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