O uso de um secador de soja destinado à secagem deste grão representa uma etapa fundamental para melhor conservação dos grãos após a colheita.
Esse secador permite que o processo de remoção de água dos grãos atinja os níveis que permitam seu armazenamento por períodos mais ou menos longos.
Dessa forma, o uso de um secador de soja é essencial para evitar, ou ao menos reduzir, perdas após a colheita.
Isso é fundamental, pois estima-se que aproximadamente 10% de toda a produção nacional de grãos se perca justamente por problemas que ocorrem nesta etapa.
Porém, há variadas opções e práticas destinados à secagem da soja e compreender qual dessas opções é a mais viável será essencial para o sucesso da atividade, pois irá refletir diretamente nos ganhos da produção.
Veja a importância do secador de soja, quais são as razões para realizar a secagem e quais os secadores e as estratégias mais utilizados para a secagem dos grãos de soja!
Por que secar grãos de soja após a colheita?
Na agricultura, a secagem é representada pelo deslocamento de água das sementes para seu exterior, com esse processo ocorrendo devido às diferenças de potencial hídrico existentes.
Assim, para que essas trocas aconteçam, é necessário que haja diferença de pressão de vapor, fazendo com que a água se movimente da região de maior para a região de menor pressão.
Na prática agrícola esse processo ocorre da seguinte forma:
- Pressão de vapor do grão > Pressão de vapor do ar = Secagem
- Pressão de vapor do grão < Pressão de vapor do ar = Umedecimento
- Pressão de vapor do grão = Pressão de vapor do ar = Equilíbrio Higroscópico
Fonte: Silva et al. em Secretaria da Agricultura RS
Como veremos ainda nesse texto, o processo de secagem mais comum de grãos faz uso do que chamamos de secador de soja.
Mas, além de retirar a umidade do grão, este equipamento contribui com as seguintes vantagens:
- Permite antecipar a colheita, disponibilizando a área para novos cultivos;
- Minimiza as perdas de produto no campo;
- Permite o armazenamento por longos períodos, sem a ocorrência de problemas com a deterioração do grão de soja;
- Impede o desenvolvimento de microrganismos e insetos durante o armazenamento;
- Menor perda de grãos por deiscência/degrane natural.
Secagem e armazenamento de grãos: a importância da prática conjunta
Após a colheita, a secagem é a etapa mais fundamental para a conservação de todos os grãos.
Este processo caracteriza-se como a remoção de água dos grãos até atingir os níveis que permitam a eficiência do armazenamento por períodos mais ou menos longos.
Esse processo também minimiza riscos na venda do produto, diferentemente das condições impróprias, que podem comprometer os ganhos conquistados em uma safra inteira.
Mas é importante que saibamos que o teor de água de um grão mais adequado para seu armazenamento depende da espécie e do período que se pretende armazenar os grãos.
Essa qualidade do armazenamento pode ser influenciada pelos seguintes aspectos:
- Teor de umidade do grão a ser armazenado;
- Temperatura;
- Umidade relativa do ar;
- Presença de pragas e doenças que podem interferir na qualidade do armazenamento.
No caso da soja, a maturação fisiológica ocorre nos grãos com níveis de umidade entre 45 e 50%, sendo a colheita mecânica realizada com teores entre 20 e 14%.
Assim, para o armazenamento, recomenda-se que a armazenagem ocorra com os seguintes teores:
- Inferiores a 11% para armazenamento de até 1 ano;
- Entre 9 e 10% para períodos de armazenamento superiores a 1 ano.
Mas, independentemente disso, o uso de um secador de soja será indispensável para que o processo de armazenamento dos grãos ocorra de forma mais eficaz e com o mínimo de perdas.
Secador de soja artificial: O mais comum para a secagem dos grãos
Dentre os métodos de secagem mais comuns e que estão disponíveis para a soja, podemos citar os métodos naturais e os artificiais, separados em adaptados ou tecnificados.
O uso de cada um deles varia conforme as diversas situações e necessidades existentes.
Secagem Natural
A secagem natural não usa nenhum tipo de secador, sendo realizada no próprio campo, onde a radiação solar e a temperatura do ar ambiente vão lentamente contribuindo para a redução do teor de água dos grãos.
Apesar se ser muito pouco usada para a soja, essa técnica é muito barata e por isso é ainda bastante utilizada no Brasil, principalmente por pequenos e médios produtores de café, milho e feijão.
Porém, é muito dependente das condições climáticas.
Secagem Artificial
A secagem artificial consiste no emprego de técnicas mais tecnificadas que aumentam a velocidade do processo de retirada da umidade do grão.
Para isso há o uso de secadores, caso do já amplamente utilizado secador de soja.
As principais vantagens dos secadores artificiais estão relacionadas à praticidade, melhor qualidade do produto final, maior velocidade e alta capacidade de secagem.
Devido à maior parte da soja no Brasil ser produzida em grande escala, os sistemas mais utilizados para a soja são os tecnificados.
Assim, a forma de secar os grãos de soja mais comum acontece através dos sistemas artificiais de secagem.
Secadores contínuos e intermitentes: os tipos de secador de soja mais comuns
Os secadores são equipamentos que possibilitam estabelecer combinações de movimentação ausente ou presente, da massa de grãos, além da sua frequência de contato com o ar aquecido, fato esse que fazem eles serem contínuos e/ou intermitentes.
No secador de soja do tipo fluxo contínuo, os grãos passam apenas uma vez pelo secador que pode utilizar temperaturas do ar de 70 a 130°C, na entrada de secador.
Porém, para que esse sistema seja utilizado, os grãos não podem conter muitas impurezas e/ou materiais estranhos, além disso é preciso que sejam feitas inspeções diárias e remoção de poeiras, para evitar incêndio.
Nesse tipo de secador de soja a umidade relativa dos grãos no momento da entrada não deve ultrapassar 18%.
Já o secador de soja do tipo intermitente os grãos passam diversas vezes pelo secador, pois a umidade relativa deles será mais elevada, estando acima de 18%.
Na secagem intermitente, as sementes são submetidas à ação do ar aquecido na câmara de secagem a intervalos regulares de tempo.
Isso permite a homogeneização da umidade e resfriamento quando as mesmas estão passando pelas partes do sistema onde não recebem ar aquecido.
Há ainda o sistema misto, também chamado de seca-aeração. Esse sistema caracteriza-se pelo uso de dois processos.
Inicialmente os grãos passam por uma secagem preliminar convencional, quando perdem parte da água (até cerca de dois a três pontos percentuais de umidade acima do que se deseja como adequada para o final da operação).
Em seguida há a etapa de secagem estacionária, com ar sem aquecimento.
Conclusão
Tanto a secagem quanto o armazenamento de grãos de soja, quando realizadas de maneira correta e estratégica, são responsáveis por manter a qualidade do grão e garantir sua máxima produtividade.
Devido à sua produção em larga escala, a secagem artificial é a mais comuns para a soja. Para isso adota-se um secador de soja, que apresenta muitos benefícios que garantem as condições ideais para o armazenamento de grãos.
Além disso, entre os tipos de secador de soja, os mais comuns são os de fluxo contínuo e intermitentes, além de um sistema misto, cada um com suas especificidades e vantagens.
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