O mercado cafeeiro vem crescendo cada vez mais ao longo das duas últimas décadas. Com isso muitos produtores passaram a investir na produção desta cultura. No entanto, muitos não se atentam aos tratos culturais necessários para alcançar maiores produtividades.
Neste sentido, a lavoura de café recém-implantada representa uma cultura que demanda uma série de cuidados, que, embora sejam simples e de fácil execução, são indispensáveis para promover a continuidade e aumento da produtividade cafeeira, devendo ser realizados em tempo hábil e da forma correta.
Veja quais são os principais tratos culturais que devem ser feitos em lavouras de café, saiba como adotá-los corretamente e entenda como contribuem com a elevação da produtividade do cafezal.
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- 1. Tratos culturais no cafezal: elevando a produtividade com sustentabilidade
- 2. Gestão efetiva da atividade cafeeira: essencial para gerenciar todos os tratos culturais
- Falar com um analista CHBAGRO
Tratos culturais no cafezal: elevando a produtividade com sustentabilidade
Na cultura do café, a correta realização dos tratos culturais pode fazer toda a diferença para a sustentabilidade, além de contribuir com a produtividade no campo.
Mas, o segredo do sucesso está em executar cada um dos tratos culturais de modo integrado e regular, assegurando que todos os cuidados especiais sejam adotados com assertividade e eficiência, da implantação da lavoura à colheita da produção.
Dentre os tratos culturais recomendados e mais utilizados, vale destacar:
- Desbrotas;
- Manejo inteligente do mato (plantas daninhas);
- Manejo efetivo de pragas e doenças;
- Adubação mais equilibrada;
- Podas adequadas de acordo com o ciclo do cafezal.
Desbrota
A principal função da desbrota é a de eliminar os ramos ortotrópicos indesejáveis (“ramos ladrões”), ajudando na manutenção da arquitetura considerada ideal ao cafeeiro.
Via de regra, o cafeeiro arábica é monocaule.
Porém, alguns fatores adversos, como o estresse hídrico, inclinação da haste principal, desfolha excessiva por pragas e doenças, corte da gema apical (“capação”) pela ação de formigas e grilos, provocam a emissão desordenada de brotações, que, sem intervenção, trazem consequências indesejadas do envassouramento.
Dessa forma, as desbrotas devem ser feitas sempre que houver a necessidade, pois sua execução tardia pode causar alterações na arquitetura da planta com consequente injúrias no caule.
As desbrotas também devem ser adotadas de forma constante para eliminar ramos pouco produtivos, agregam ainda como importante contribuição a preservação da arquitetura do cafeeiro.
Manejo inteligente do mato (plantas daninhas)
O controle de mato no cafezal representa um dos tratos culturais mais importantes, principalmente para permitir um eficiente manejo de plantas daninhas na cafeicultura.
Porém, hoje em dia, o manejo do mato é mais do que combater plantas daninhas, e sim entender como daninhas podem contribuir com a cafeicultura, ou pelo menos não atrapalhar.
A capina, feita de forma sistemática e em área total, por exemplo, tem sido substituída pelo uso de roçadas nas entrelinhas, sendo a linha de plantio mantida sempre no limpo, por meio de enxada ou pela aplicação de herbicidas.
A largura da trilha (sem daninhas) deve ser de, pelo menos, 40 cm de cada lado, podendo ser aumentada, para que acompanhe a expansão da projeção da copa.
Neste caso, é recomendável fazer o manejo com herbicidas pós-emergente e pré-emergente para garantir residual de controle além da dessecação.
Além do mais, durante o período seco, o mato nas entrelinhas deve ser mantido baixo, para reduzir a transpiração e a concorrência por água.
Já no período chuvoso, quando a disponibilidade de água não é limitante, admitem-se roçadas mais leves, sem prejuízos para o cafeeiro.
Manejo efetivo de pragas e doenças
Lavouras de café estão sujeitas, do plantio à colheita, ao ataque de pragas, tanto de solo como da parte aérea.
Por essa razão, um dos tratos culturais mais importantes é sem dúvidas a adoção de um manejo mais efetivo de pragas e doenças.
No caso das pragas, o bicho-mineiro e o ácaro são responsáveis por causar sérios prejuízos, provocando atrasos no crescimento de cafeeiros jovens.
Cochonilhas, grilos, formigas-cortadeiras e outras pragas podem também ser constatadas, causando danos em nível econômico, porém de forma localizada.
Já a cercosporiose (também conhecida por “olho pardo” ou “olho de pomba”) merece destaque, principalmente em lavouras recém-implantadas, devido à frequência e intensidade de sua ocorrência e pela alta porcentagem de desfolha, além das lesões causadas nos ramos novos.
Baseado nisso, o manejo integrado de pragas e doenças representa um dos tratos culturais mais importantes para manter a produtividade do café.
Essa medida consiste na interação de uma série de práticas que o cafeicultor deve adotar, após a implantação da lavoura e uma integração dos manejos cultural, biológico e químico.
Adubação mais equilibrada
A adubação representa um dos tratos culturais que deve estar 100% alinhada aos resultados observados na análise química do solo.
Entre as técnicas de adubação estão a adubação de cova e cobertura ou foliar. Essas formas de adubação podem ser usadas de modo combinado, a fim de garantir que a nutrição do cafezal seja a mais correta possível.
Os níveis de fertilidade determinarão quais as práticas recomendadas desde a etapa de plantio. Um dos focos é corrigir deficiências e equilibrar excessos identificados na composição mineral.
Outra prioridade está no correto dimensionamento da suplementação de todos os tipos de macro e micronutrientes, visto que eles são essenciais ao crescimento e desenvolvimento do cafeeiro.
Podas adequadas a cada fase do ciclo
Por fim, as podas são essenciais em safras específicas, em que a planta necessita para obter os resultados esperados e assegurar o máximo de produtividade do café nas safras seguintes.
As técnicas de poda exigem capacitação prévia e devem estar sempre alinhadas às prioridades de desenvolvimento da planta e da lavoura.
As podas de produção visam corrigir a ocorrência de variados problemas – como evitar que o crescimento excessivo resulte no chamado fechamento do cafezal – ou facilitar o processo de colheita mecanizada, por exemplo.
Da mesma forma, a poda de renovação (recepa) terá papel fundamental sempre que a estrutura vegetativa tiver de ser recuperada integralmente.
Gestão efetiva da atividade cafeeira: essencial para gerenciar todos os tratos culturais
Nas últimas décadas, vem sendo observadas grandes mudanças na forma com que a cafeicultura é gerenciada, principalmente no que diz respeito ao avanço tecnológico, ao acesso à informação e a adoção dos mais diversos tratos culturais dentro do setor.
Esse cenário demonstra a necessidade de que o cafeicultor seja o mais competitivo possível, ou seja, ele não deve trabalhar apenas com a força braçal, mas também com muita inteligência, planejamento e gestão.
Para isso, contar um com software agrícola que permita uma gestão totalmente integrada é cada vez mais importante, principalmente para auxiliar a controlar os altos custos com alguns tratos culturais, caso da aplicação de inseticidas, herbicidas e demais insumos.
Neste sentido, o CHBAGRO é um grande aliado da gestão da cafeicultura. Este é um software de gestão agrícola específico para fazendas, pois entende a realidade do produtor rural e permite um gerenciamento totalmente integrado de todas as atividades da cafeicultura.
Por exemplo, quando há o lançamento de uma nota fiscal de compra, automaticamente o sistema gera uma despesa no módulo financeiro, adicionando o insumo no módulo de estoque.
Na medida em que o operador agrícola realiza os tratos culturais e utiliza esse insumo, o sistema automaticamente faz todos os cálculos para informar quanto a aplicação custou em cada fazenda e talhão.
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