O café brasileiro é um dos mais consumidos do mundo. Mas, para que o café nacional tenha as qualidades exigidas pelo mercado, o cafeicultor precisa ter um cuidado especial com sua lavoura, adotando um eficiente planejamento agrícola durante todo ciclo da cultura.
Nesse sentido, a adoção de boas práticas e um planejamento agrícola bem feitos na lavoura após a colheita são ações que merecem atenção redobrada, já que influenciam diretamente na obtenção de cafés de melhor qualidade.
Todo esse planejamento deve estar pronto para que ele seja realizado imediatamente após a colheita dos frutos, que no Brasil costumam ocorrer entre meados de abril e setembro.
Veja quais são as principais etapas do planejamento agrícola da lavoura após a colheita do café e saiba qual é a importância da adoção de software de gestão e planejamento que facilite essa importante etapa da cafeicultura.
Cuidados com a lavoura na pós-colheita do café garantirão a safra seguinte
A colheita do café, seja ela realizada de forma manual ou mecanizada, é a etapa mais importante da cafeicultura, pois será a responsável por indicar se a produtividade atingiu os resultados previamente planejados.
Por isso, vale pensar em ações para evitar perdas durante a colheita.
Porém, essa etapa acarreta diversas injúrias às plantas do cafeeiro, observadas tanto nas folhas como nos ramos, e são provenientes do atrito tanto das hastes das colhedoras como das mãos dos trabalhadores, no caso de colheita manual.
Tais injúrias servem como porta de entrada para diversos microrganismos prejudiciais ao cafeeiro e que podem contribuir com o desenvolvimento de diversas doenças, tais como podridão da phoma, antracnose e bacterioses.
Para prevenir tais problemas sanitários, é preciso dar continuidade aos tratamentos que aconteceram até a colheita dos grãos.
Neste momento de pós-colheita é preciso focar na proteção da florada, responsável por garantir a safra seguinte.
Neste momento, a nutrição deve estar muito bem equilibrada, com o cafeicultor devendo dar ênfase ao fornecimento de Cálcio (Ca) e Boro (B).
Nesse sentido o cafeicultor tem que ter em mente a seguinte frase: “A arte de produzir café é a arte de fazer folhas”.
Tomando essa frase como base, devemos priorizar a máxima taxa de folhas possível, pois plantas saudáveis, enfolhadas, livres de pragas e doenças e equilibradas nutricionalmente são aquelas que apresentam maior produtividade por hectare.
Planeje muito bem a poda do cafezal
Em sistemas de cultivo intensivo – com espaçamentos adensados e uso em larga escala de insumos – a área produtiva do ramo tende a ficar reduzida após alguns ciclos de produção, fato que prejudica a produtividade da lavoura, além de acentuar a bienalidade da produção.
Por isso, é necessário renovar os ramos produtivos, a fim de retomar sua capacidade produtividade.
Para isso, muitos sistemas adotam a poda do cafeeiro, que, quando bem realizada, possibilita:
- Renovar os ramos produtivos, modificando a arquitetura da planta;
- Manter uma adequada relação folha/fruto (20 cm² de área foliar por fruto de café);
- Permitir maior luminosidade e estimular a produção em locais com fechamento ou autossombreamento;
- Adequar a entrada de luz e a aeração;
- Atenuar o ciclo bienal para regular a produção;
- Eliminar ramos afetados por pragas ou doenças;
- Reduzir custos;
- Adequar o formato e a altura dos cafeeiros, permitindo a colheita mecânica.
Embora a poda pareça uma prática relativamente simples, o planejamento agrícola da poda deve ser muito bem pensado, priorizando as seguintes ações:
- Tipo de poda: poda de formação, decote herbáceo, recepa, decote, esqueletamento e desponte;
- Idade da planta e tipo de cultivar;
- Presença de pragas no sistema radicular.
Por fim, a época mais indicada para a poda é logo após a colheita, de preferência entre julho e agosto.
Porém, em regiões com riscos de geadas, a poda deve ser realizada após o período de maior ocorrência desse fenômeno.
Outra recomendação é realizar o planejamento agrícola da poda após o ano de safra alta, quando a perspectiva é de baixa produção no ano seguinte.
Realize uma eficiente colheita e varrição do café
Uma das principais preocupações da cafeicultura atualmente é realizar o correto manejo da broca do café que tem aumentado a cada ano nas lavouras.
A broca é uma praga de muito difícil controle, devido ao local em que ela sobrevive na planta, que é o fruto do café.
Para evitar a infestação desta praga, o manejo integrado, parte do planejamento agrícola, é a recomendação mais eficaz.
Diante disso, a colheita deve ser realizada da forma mais correta possível, com o mínimo de desperdício.
Em seguida, deve ser realizada uma varrição bem-feita. Isso evita que frutos de café deixados na lavoura se tornem um problema e foco de infestação de broca que irá prejudicar a próxima safra.
Após a colheita: momento ideal para a amostragem e análise do solo
A fase após a colheita é também o momento ideal para colocar em prática o planejamento agrícola de correção do solo, caso da calagem, gessagem e adubação, que permitem economia e maior produtividade para a produção seguinte.
A calagem vai contribuir com a correção do pH do solo, além do fornecimento de nutrientes importantes para o café. Permite também um melhor aproveitamento dos fertilizantes aplicados.
A gessagem, por sua vez, tem a função de fornecer enxofre para os talhões, além de promover uma melhor fertilidade nas camadas mais profundas do solo, permitindo o desenvolvimento das raízes em profundidade, fazendo com que as plantas se tornem mais resistentes a veranicos e à seca.
Mas, para a recomendação da quantidade de fertilizantes, a análise de solo é fundamental, sendo a única ferramenta disponível para determinar os nutrientes do solo e permitir o uso racional dos fertilizantes.
Nesse sentido, a amostragem do solo realizada após a colheita é uma operação que merece grande atenção.
Ela deve ser feita de forma criteriosa para representar bem a área que está sendo amostrada.
Essa ação é fundamental para evitar o uso excessivo de um nutriente ou a falta de outro, o que implicaria em maior custo e desequilíbrio nutricional das plantas.
Invista em um sistema de gestão e planejamento agrícola do cafezal
Assim como ocorre com qualquer cultura, contar com a utilização de tecnologias para o planejamento agrícola e gerenciamento nas lavouras de café podem proporcionar menores custos, maior produtividade e, principalmente, produtos com excelente qualidade.
Nas lavouras de café está comprovado que o uso de tecnologias adequadas torna a atividade cafeeira mais competitiva e sustentável, além de garantir a oferta de produtos de qualidade aos consumidores.
Por essa razão, seja na colheita, pós-colheita ou no dia a dia da atividade, a cafeicultura deve ser conduzida como uma atividade empresarial, sendo baseada em um excelente planejamento agrícola e levando-se em consideração os princípios fundamentais de aumento de produtividade, redução dos custos e melhoria da qualidade.
O planejamento agrícola será sempre o melhor caminho para obter uma safra mais lucrativa. Por isso, para uma gestão mais eficiente de todo os manejos pós-colheita do café, é importante adotar um software de gestão agrícola específico para essa atividade.
Neste cenário, CHBAGRO é a escolha número 1 entre esses softwares. Esse sistema é baseado em mais de 70.000 programas e dados de mais de 600 fazendas em todo Brasil. Ele ajuda o cafeicultor a conectar as áreas operacional e administrativa de sua fazenda, resultando em um controle financeiro muito mais eficiente e planejado.
Conclusão
Como pudemos conferir, o ciclo da produção do café não acaba assim que o grão é colhido.
Todos cuidados para manter a saúde da lavoura devem continuar, afinal uma nova produção se inicia e merece a atenção devida.
Neste sentido, o planejamento agrícola deve ocorrer, visando uma boa produção e a qualidade da safra futura.
Entre as ações relacionadas à lavoura na pós-colheita podemos citar a poda do cafezal, correta varrição e amostragem, análise e correção do solo.
Por fim, para que o planejamento agrícola seja eficiente, vale usar um software que permita conectar as áreas operacional e administrativa da fazenda, resultando em um controle financeiro eficiente.
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