O aumento da participação do Brasil internacionalmente no mercado do milho em meio à desvalorização do real e o maior consumo interno do grão para ração animal devem estimular o plantio de milho na safra 2020/2021.
Segundo previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), as perspectivas para a safra total foram reduzidas para 104,89 milhões de toneladas (em outubro, a estimativa era de 105,16 milhões).
A redução ocorreu por causa de um corte no volume esperado para a primeira safra, que antes era de 26,76 milhões de toneladas, mas o volume efetivo ficou em torno de 26,48 milhões de toneladas.
Ainda de acordo com a CONAB, a área plantada com o milho nesta nova temporada atingirá 19,8 milhões de hectares, um avanço de 7% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Os números divulgados levaram em consideração uma queda de 0,8% na produtividade média nacional de milho devido à possibilidade de formação do La Niña.
Para a Companhia, o agronegócio brasileiro continua resiliente frente a frente a pandemia e manteve a expansão prevista no primeiro semestre de 2020.
Nessa mesma linha, o mercado do milho deverá seguir em expansão em 2021, devido à expectativa de elevação de exportações, retomada da demanda por etanol de milho e sustentação da demanda para ração animal.
Tendências de preços no mercado do milho
De acordo com a Scot Consultoria, internamente os preços no mercado do milho subiram fortemente em outubro. Em Campinas (SP), a alta foi de 25,4% no acumulado do mês passado, com a saca de 60 quilos cotada em R$84,00 (valor de 30 de outubro).
Em seu relatório, a consultoria explica que os aumentos foram devido a demanda, estoques internos baixos e forte valorização do dólar diante do real.
Nos primeiros dias de novembro, as cotações se apresentaram mais frouxas, seguindo a queda do dólar e o recuo no ritmo dos embarques desde o final de outubro. No caso de Campinas, na primeira semana de novembro, o preço da saca de 60 quilos caiu para R$ 83,00.
O destaque, ainda segundo a consultoria, está nos baixos estoques internos e na boa demanda doméstica, fatores limitantes para as quedas nos preços no mercado brasileiro até a colheita da safra de verão, no primeiro trimestre de 2021.
Para a Cogo – Inteligência em Agronegócio, os preços no mercado do milho também devem continuar em alta no mercado brasileiro, mesmo com 75% da segunda safra de 2020 já colhida.
Ainda de acordo com a Cogo, o fato de uma grande parte da produção já estar comercializada antes da colheita impediu uma oferta mais forte.
No ano comercial 2019/2020, que abrange os meses de fevereiro a julho de 2020, as exportações brasileiras no mercado do milho atingiram apenas 5,3 milhões de toneladas e para atingir a projeção de embarques 34,5 milhões de toneladas, terão de ser embarcadas 29,2 milhões de toneladas até janeiro de 2021. (Dados disponibilizados pela Cogo em seu site).
O relatório da consultoria ainda aponta que os preços nos portos estão ao redor dos R$ 56 por saca de 60 kg, sendo necessária uma convergência dos preços internos com a paridade de exportação nos próximos meses para alinhar os preços no interior com as cotações FAS portos brasileiros.
Caso contrário, os excedentes não escoados para exportação poderão pressionar os preços internos.
Perspectivas do mercado do milho para 2021
Em relação à demanda, as previsões da Conab são de um consumo 7% maior de milho em 2020/2021, avaliado em 72 milhões de toneladas, e aumento de 13% nas exportações, com previsão de embarque de 39 milhões de toneladas nesta nova temporada.
A companhia também prevê manutenção dos preços elevados do grão, chegando a R$ R$ 42,32 a saca de 60 quilos entre maio e junho do ano que vem.
Segundo o relatório, o aumento das vendas antecipadas ainda em 2020 para o milho de segunda safra poderá exercer pressão por alta de preços no abastecimento de pequenas agroindústrias que atuam no modelo just in time de compra de insumos em 2021.
A CONAB ainda aponta uma expectativa de um câmbio desvalorizado e a elevada rentabilidade irão estimular o aumento de fixação de contratos de exportações na safra 2020/21.
A Companhia também destaca expectativas de recuperação econômica pós-pandemia após os estímulos financeiros oferecidos pelos bancos centrais das maiores economias mundiais.
Para a CONAB, caso se confirmem as boas cotações do milho no mercado brasileiro, as expectativas de aumento do consumo animal e industrial do cereal, além de um real desvalorizado no primeiro semestre de 2021 deverão sustentar a boa competitividade do milho nacional no mercado internacional e estimular o aumento da produção de milho no país.
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